POEMA EM DOIS ATOS
(Francisco Deliane)
I ATO
com raios fulgurantes de sol
bordarei as vestes da tua tristeza
e rindo mostrarei os dentes
que rasgaram os versos
que eu ainda não disse
que estraçalhados retornaram ao peito
onde, aprisionados, se fizeram gemidos
de versos abortados
transfigurados
na insensatez do amor
irrealizado e triste.
EPÍLOGO
I ATO
com raios fulgurantes de sol
bordarei as vestes da tua tristeza
e rindo mostrarei os dentes
que rasgaram os versos
que eu ainda não disse
que estraçalhados retornaram ao peito
onde, aprisionados, se fizeram gemidos
de versos abortados
transfigurados
na insensatez do amor
irrealizado e triste.
II ATO
com raios de luar
bordarei o leito onde vais deitar
e meu peito alegre
com o teu chegar
libertará o verso
como fosse um mantra
reiteradamente, repetidamente
- "como é bom amar“
- "como é bom te amar“.
EPÍLOGO
No encontro do sol com o luar
O amor se fará sem peso,
sem censura, sem medida.
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