segunda-feira, 22 de julho de 2013
RETORNO
RETORNO
Por Francisco Deliane
A rosa empalideceu, desidratou-se,
Sobre o criado mudo onde foi deixada
Perdeu a cor, despetalou-se, morreu.
Testemunha extinta da paixão inacabada.
A rosa, quieta e silente, inodora ficou.
O tempo inexorável extinguiu a rosa
Mas a memória enérgica da rosa resiste,
Não é matéria, é consciência, é só lembrança.
Na vida também o amor assim como a rosa se esvai.
A rosa perdeu o brilho, entristecida por haver sido deixada,
A dor a fez empalidecer, a tornou murcha, inodora e desidratada.
Na angustia dolorida do viver, porém,
O amor quando é amor, ainda que, esfacelado, insano...
Não desiste, singelamente resiste esperando a hora de voltares.
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