quarta-feira, 4 de dezembro de 2013
quinta-feira, 19 de setembro de 2013
RESULTADO FINAL DO CONCURSO
RESULTADO FINAL DO CONCURSO
A comissão organizadora do CONCURSO LITERÁRIO TERRA DO SOL, resolve antecipar a data prevista no edital (Item 05.2) e divulgar o RESULTADO FINAL DO CONCURSO.
A comissão julgadora formada pelo Professor de Literatura, Artur de Souza, pela poetisa Suzana Lemos e pela escritora Mariah Ponte, ambas igualmente professoras de língua portuguesa , após haver analisado e avaliado os poemas inscritos, tomando por critério a originalidade, a criatividade e a correção lingüística, mediante a adoção de princípios éticos entendeu por bem estabelecer o seguinte resultado:
MODALIDADE POESIA
1º lugar:
Poetisa CLAUDIA SARAIVA.
Poema: "POSSESSIVIDADE"
2º lugar:
2º lugar:
Poeta MAURO BARTOLOMEU.
Poema: "DINOSSAURO DE PLÁSTICO"
1º lugar:
MODALIDADE CONTO
1º lugar:
Escritora C. Silva.
Conto: O Engano
2º Lugar:
2º Lugar:
Escritora Regina Cajuí.
Conto: O "gato"
Brevemente publicaremos A LISTA COMPLETA dos participantes selecionados para integrar a antologia.
A entrega da premiação em dinheiro e dos exemplares da antologia ocorrerá conforme previsto no regulamento, em solenidade que será realizada no final de outubro, e cuja data especifica será oportunamente divulgada.
Francisco Deliane
Comissão Organizadora
Fone: 85 - 9820-5433
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
O AMOR E EU
O AMOR E EU
Francisco Deliane
Rico de sonhos contidos no infinito da ausência.
Apartado do meu próprio eu
estilhaçado e naufragado em tantas partes,
frações, ego, alter-ego e outras partições
partituras, urdiduras, dores e canções,
versos, prosas e histórias
signos, lembranças e mutilações...
Aberto ao mundo, desaferrolhado,
sem chave, sem cadeado.
Moribundo da filosofia e da razão
suspeito de ser feliz,
infeliz,
ou coisa assim
sigo entorpecido, ateu, a toa, incréu
neste vasto mundo de ilusão
perdido no concreto, indiscreto,
incompletamente vivido,
esgotado,
espoliado pelo amor que se foi
quando pararam as horas, os dias, os meses
as estações.
Permaneço
rico de sonhos não vividos
contidos
suados, sofridos,
órfão infantilizado da realidade que partiu
inculto
impuro
indecente
despudorado
na oralidade do sexo
na visualidade do beijo
na concretude da vida.
Permaneço assim tão crente
o amor retornará
porque o sonho, esmaece
a foto, desgastada amarelece
mas o amor quando é amor permanece.
sábado, 7 de setembro de 2013
terça-feira, 3 de setembro de 2013
O AMOR PERMITE LIBERDADE - Osho
"O amor permite que qualquer coisa que o outro queira fazer, ele possa fazer. Tudo o que ele quiser - se o deixa em êxtase, a escolha é dele.
Se você ama a pessoa, então você não interfere na privacidade dela. Você deixa intocada a privacidade da pessoa.
Você não tenta invadir seu ser interior.
A exigência básica do amor é "Eu aceito a outra pessoa como ela é" e o amor nunca tenta mudar a pessoa em função da própria idéia que se tem do outro. Você não tenta cortar a pessoa aqui e ali e deixá-la do tamanho certo - o que tem sido feito em todos os lugares no mundo inteiro...
Se você ama, não existem condições. Se você ama, então impor condições não é o caso. Você o ama como ele é. Se você não o ama então também não há problema. Ele não é ninguém para você; impor condições não é o caso. Ele pode fazer tudo que quiser fazer.
Se o ciúme desaparece e o amor permanece, então você tem algo sólido em sua vida, o qual vale a pena possuir.
Quando você está compartilhando seu contentamento, você não cria uma prisão para ninguém, você simplesmente dá. Você nem mesmo espera gratidão ou agradecimento, porque você está dando não para conseguir alguma coisa, nem mesmo gratidão. Você está dando porque está tão repleto ... você precisa dar. Assim, se alguém está grato, é você quem esta grato à pessoa que ACEITOU seu amor, que aceitou seu PRESENTE. Ela o aliviou, permitiu a você que a banhasse. E quanto mais você compartilha e mais você dá MAIS VOCÊ TEM.
Então isso não o torna um avarento, não cria um novo medo, o de que "eu posso perder isso". Na realidade, quanto mais você o perde, mais águas frescas fluem, vindas de nascentes sobre as quais você não estava consciente anteriormente.
Se a existência toda é una e se a existência toma conta das árvores, dos animais, das montanhas, dos oceanos - desde a menor folhinha de grama até a maior estrela - então ela também toma conta de você.
Porque ser possessivo? A possessividade mostra simplesmente uma coisa - que você não consegue confiar na existência. Você tem que conseguir uma segurança pessoal separada, uma proteção pessoal separada. Você não pode confiar na existência. A não possessividade é basicamente confiança na existência.
Não há necessidade de possuir, porque o todo já é nosso.
Abandone a idéia de que o apego e o amor são uma coisa só. Eles são inimigos. É o apego que destrói o amor.
Se você limita, se você nutre o apego, o amor será destruído, se você alimenta e nutre o amor, o apego desaparecerá por si mesmo.
O amor e o apego não são um; são duas entidades separadas e antagônicas entre si.
E lembre-se sempre da regra básica da vida: se você idolatra alguém, um dia você se vingará.
Você tem que estar alerta para não ser manipulado por ninguém, não importa quão boas sejam as intenções da pessoa.
Você tem de salvar a si mesmo de tantas pessoas "bem intencionadas", benfeitoras, que constantemente o aconselham a ser isso e a ser aquilo. Ouça-as e agradeça. Elas não querem fazer nenhum mal - mas mal é o que acontece. Simplesmente ouça a seu próprio coração. Esse é o seu único professor.
As pessoas o têm julgado e você aceitou a idéia dela sem um exame minucioso. Você está sofrendo todos os tipos de julgamentos das pessoas e está jogando esses julgamentos em outras pessoas. Esse jogo alcançou proporções incríveis e toda a humanidade está sofrendo isso.
Se você quer sair desse estado, a primeira coisa é: não julgue a si mesmo. Aceite humildemente sua imperfeição, seus fracassos, seus erros, suas fraquezas.
Não há necessidade de fingir o contrário, seja simplesmente você mesmo: É assim que eu sou - cheio de medo. Não consigo sair na noite escura, não consigo ir na floresta densa. O que há de errado nisso? É simplesmente humano.
Quando você aceita, você é capaz de aceitar os outros, porque você terá um insight claro de que eles estão sofrendo da mesma doença. E aceitando-os, você irá ajudá-los a aceitar a si mesmos.
Podemos reverter todo o processo: você se aceita e isso o torna capaz de aceitar os outros. E porque alguém os aceita, eles aprendem a beleza da aceitação pela primeira vez - QUANTA PAZ SE SENTE - e eles começam a aceitar os outros.
Dar amor é a linda e verdadeira experiência, porque com ela você é um mestre de si mesmo. Receber amor é uma experiência muito pequena, é a experiência de um mendigo.
Não seja um mendigo, pelo menos tratando-se de amor, seja um imperador, porque o amor é uma qualidade inesgotável em você. Você pode dar tanto quanto quiser. Não tenha preocupação que ele esgotará. O amor não é uma quantidade, mas uma qualidade e qualidade de um certa categoria que cresce ao se dar e morre se você a segura. Seja realmente esbanjador!!
Não se importe para quem. Esta é na verdade a idéia de uma mente mesquinha: Eu darei amor a determinadas pessoas que tenham determinadas qualidades ... Você não entende que tem em abundância, que é uma nuvem de chuva. A nuvem de chuva não se importa onde chove - nas pedras, nos jardins, nos oceanos - não importa. Ela quer descarregar-se e essa descarga é um tremendo alívio.
Assim o primeiro segredo é: não peça amor. Não espere, pensando que você dará se alguém lhe pedir - Dê!!
Tudo passa, mas você permanece - você é a realidade.
STÉPHANE MALLARMÉ
Stéphane Mallarmé
Caros amigos, Nascido em Paris em 1842, o poeta simbolista Stéphane Mallarmé (nome literário de Étienne Mallarmé), foi professor de inglês durante cerca de 30 anos. Seus primeiros poemas apareceram na década de 1860. O livro Hérodiade (Herodíades) é de 1869. Em seguida, vem L'Après-Midi d'un Faune (A Tarde de um Fauno), de 1876, obra que inspirou o prelúdio homônimo do compositor Claude Debussy (1894) e foi ilustrada pelo pintor Édouard Manet. Mallarmé, como boa parte dos poetas de sua época, começou a escrever sob a inescapável influência de Charles Baudelaire. Consta que ele compôs seu poema "Brisa Marinha" ("A carne é triste, sim, e eu li todos os livros") depois de ler os versos devastadores deAs Flores do Mal. Durante os anos 1880, Mallarmé foi a figura central de um grupo de escritores, entre os quais o poeta Paul Valéry e os romancistas André Gide e Marcel Proust, com quem discutia sobre poesia e arte. O poeta escreveu vários outros livros e morreu em 1898. Embora L'Après-Midi d'un Faune seja sua obra mais conhecida, o poema experimentalUn Coup de Dés (Um Lance de Dados), escrito em 1897 mas só publicado postumamente, em 1914, é a obra de Mallarmé que causou mais barulho. A permanência da obra mallarmeana é ponderável. Críticos apontam sua influência no trabalho de vários poetas importantes do século XX. Ela está, por exemplo, na poesia deWallace Stevens (1879-1955), nosQuatro Quartetos de T.S. Eliot (1888-1965) e na prosa do Finnegans Wake, de James Joyce (1882-1941). A experimentação tipográfica de Um Lance de Dados — estruturada em torno do moto "Um lance de dados jamais abolirá o acaso" — também exerceu forte influência sobre a poesia de vanguarda do século XX. No Brasil, os mais destacados discípulos do experimentalismo mallarmeano são os poetas concretos, que utilizaram muito das concepções do autor francês na elaboração de seus poemas e teorias literárias. Não por acaso, os textos ao lado foram extraídos do volume Mallarmé, que reúne ensaios e traduções de Augusto e Haroldo de Campos e Décio Pignatari, o trio fundador da poesia concreta. Alquimista das palavras, Mallarmé defendia teorias poéticas que iam na contramão do que era consagrado em sua época. Não se faz um poema com idéias, mas com palavras, dizia ele. Com isso, queria assinalar que o poema deve ser visto como um objeto em si mesmo. Ele também dizia que "um poema é um mistério cuja chave deve ser procurada pelo leitor". É com essa mesma idéia que ele fecha o seu poema experimental: "Todo Pensamento emite um Lance de Dados".
Um abraço,
Carlos Machado
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UN COUP DE DÉS, ONE TOSS OF THE DICE Se você não conhece o poema "Um Lance de Dados", clique aqui para vê-lo no original. Ou aqui, para ler uma versão do texto em inglês. |
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poesia.netwww.algumapoesia.com.br Carlos Machado, 2006 | In Augusto de Campos, Décio Pignatari e |
ANGUSTIA
Angústia
Stéphane Mallarmé ( 1842-1898)
Não vim domar teu corpo esta noite, ó cadela
Que encerras os pecados de um povo, ou cavar
Em teus cabelos torpes a triste procela
No incurável fastio em meu beijo a vazar:
Busco em teu leito o sono atroz sem devaneios
Pairando sob ignotas telas do remorso,
E que possas gozar após negros enleios,
Tu que acima do nada sabes mais que os mortos:
Pois o Vício, a roer minha nata nobreza,
Tal como a ti marcou-me de esterilidade,
Mas enquanto teu seio de pedra é cidade.
De um coração que crime algum fere com presas,
Pálido, fujo, nulo, envolto em meu sudário,
Com medo de morrer pois durmo solitário.
SÃO PAULO EM 1904
MÁQUINA DO TEMPO
Hoje sugerimos uma viagem no tempo: descubra São Paulo em 1904!
“São Paulo foi fundada pelos Jesuítas em 1554, 760 metros acima do nível do mar, mas a 72 quilômetros da costa, como um centro missionário com o objetivo de atender os primeiros desbravadores e catequizar os indígenas que habitavam na região. Por muito tempo manteve as características de pequena vila. Por volta de 1850 começou a crescer e tornar-se rica graças às produtivas fazendas de café que existiam no estado. Com a receita da exportação do café, o crescimento da população, e a chegada de imigrantes europeus, criou-se o cenário perfeito para o estabelecimento de um parque industrial. São Paulo é hoje em dia o maior centro financeiro e industrial do país, gerando mais de 30% do PIB.“
Fonte: Embaixada do Brasil em Washington
O ROTEIRO DE MARTIN SOARES MORENO
PARA LER E APRENDER
O ROTEIRO DE MARTIM SOARES MORENO conta a história de meio século de lutas pela restauração do Brasil, entre 1604 e 1654.
Os franceses instalaram-se desde a Paraíba até ao Maranhão, depois de expulsos do Rio de Janeiro e os holandeses chegaram a ocupar metade da costa brasileira, onde controlavam a produção e o comércio do açúcar. Martim Soares Moreno chegou ao Brasil muito jovem e participou em todas as lutas contra franceses e holandeses; natural de Santiago do Cacém, faleceu na sua terra natal, depois de ter servido como militar desde a Bahia até ao Maranhão, durante 45 anos.
Ele foi um dos grandes heróis da recuperação do Brasil para o domínio português, combateu intrusos e corsários, em terra como no oceano, desfigurado e com uma mão decepada desde os 30 anos; faz parte da lenda, da tradição e da literatura, sobretudo no Ceará, capitania por ele fundada e onde é venerado. Um dos mais belos romances da literatura portuguesa intitula-se IRACEMA, da autoria de José de Alencar (1829-1877): o romance narra a história de um guerreiro português que se enamora da filha de um chefe índio com quem tem um filho e é uma metáfora da miscigenação própria à nação brasileira. A ficção de Alencar é decalcada sobre a vida real do militar cuja história verdadeira é narrada no livro do professor Abreu Freire.
O texto agora publicado resulta de investigações levadas a cabo durante muitos anos, já que a vida do militar se cruza em diversos momentos com a do padre António Vieira, a quem o autor dedicou vários livros e um filme. Martim comandava um batalhão de tropas acantonadas na Bahia pelos anos de 1638 a 1645, antes da investida decisiva contra os holandeses; por esses anos o jesuíta pregava os primeiros sermões patrióticos para animar os soldados.
Mais tarde o pregador foi incumbido de resolver na Holanda, pela via diplomática, a questão da presença holandesa no Brasil, sem sucesso, enquanto os soldados a quem ele pregara em Salvador da Bahia conseguiam derrotar os ocupantes em Pernambuco; em Agosto de 1648, o jesuíta regressava a Lisboa e o militar também: o padre tinha fracassado, o militar chegava como vencedor de uma grande batalha, mas faleceu pouco tempo depois.
Os contornos da luta pela restauração do Brasil são complexos e foram muitos os intervenientes na criação da nação brasileira; Martim Soares Moreno falava a língua Tupi e comandou por várias vezes batalhões de tropas indígenas. Na guerra pela restauração e unidade do Brasil combateram negros, índios e brancos, com interesses diferentes mas uma escolha comum que foi a de continuar a existir sob influência portuguesa. Este livro é a primeira biografia completa escrita em Portugal sobre um dos personagens fundamentais na formação de um dos países mais promissores do mundo, onde hoje vivem 194 milhões de pessoas.
quinta-feira, 15 de agosto de 2013
domingo, 11 de agosto de 2013
sábado, 10 de agosto de 2013
POESIA REVOLTADA
ECIO SALLES
Apresentação
O que é erudito e o que
é popular na cultura brasileira nos dias atuais? Será que no
meio popular não existe o erudito? Onde o hip-hop se enquadra em
nossa cultura?
Ecio Salles afirma:
Temos de um lado a
cultura popular, dispondo de grande público e prestígio nos diversos
meios de comunicação; de outro, a cultura das elites, restrita a
pequenos círculos de iniciados, quase sempre ressentidos de sua
escassa visibilidade.
O rap não é – nem será
em sua forma atual – uma cultura de elite, seja ela dominante ou
pensante. Mas é, isto sim, uma forma válida de manifestação
cultural que, como todas as outras, tem sua “elite”, formada por seus
expoentes, seus melhores artistas e seguidores.
No entanto continua,
mesmo depois de três décadas, a mais erudita das expressões
populares. Pelo preconceito da sociedade e pela fraca exposição na
mídia, fica restrita a poucos. E sua peculiaridade reside aí: ele é ao
mesmo tempo popular e erudito.
Ecio escreve com
brilhantismo e competência sobre assuntos que, na maioria das
vezes, são relatados de modo equivocado por aqueles que se dizem
profundos conhecedores da cultura hiphop.
O rap – forte aliado na
afirmação de identidades específicas, visto sua apropriação
pelas elites – e o sampling, acusado de “necrofilia artística”,
têm sido os alvos preferidos.
Contra essa corrente,
temos rappers se valendo da palavra e de sua voz como arma que
fala pela favela, buscando no passado brasileiro parentescos
capazes de legitimar o seu modo de expressão. Este livro
nos leva a uma profunda reflexão sobre o papel essencial que tem
o hiphop nas comunidades brasileiras, e nos conta como alguns
legítimos representantes o eternizaram através de suas poesias
urbanas.
Raffaello Santoro (Dj Raffa)
Fonte: : Salles, Ecio de - Poesia revoltada / Ecio Salles. - Rio de Janeiro: Aeroplano, 2007. il.;.-(Tramas urbanas; 3)
E... A POESIA MORRE?
Francisco Deliane
Na fuga esbarrou em um tinteiro, fez-se poema,
Suas impressões restaram gravadas no papel
Conclamando a todos a viver o espetáculo do amor
Mas o poeta, agora, enclausurou o poema,
Na estreita gaveta de um criado-mudo.
Ali o poema amarelou como velha fotografia.
Na vida tudo passa.
Na estreita gaveta de um criado-mudo.
Ali o poema amarelou como velha fotografia.
Na vida tudo passa.
É certo, o poeta passou,
Seus herdeiros encontraram o poema
Abraçado a tantos outros
‘In memorian’ os publicaram.
Neste dia o poeta renasce junto a sua poesia
Dividida e compartilhada sem nenhum ciúme
O poeta sempre vai, porém,
Dividida e compartilhada sem nenhum ciúme
O poeta sempre vai, porém,
Renasce na leitura da poesia que fica.
A vida sempre passa, mas o amor sempre permanece.
O amor e a poesia nunca morrem.
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Ministra lança edital para fomentar programação cultural durante a Copa 2014
Serão aceitas mais de 206 propostas que resultarão em 1.200 apresentações
Da Agência Brasil
A ministra da Cultura, Marta Suplicy, lançou nesta quinta-feira (8) o Edital Cultura, que repassará R$ 18,8 milhões para a programação cultural durante a Copa do Mundo de 2014, nas 12 cidades-sede da competição: Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre, Brasília, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Manaus, Natal, Recife e Salvador. Serão aceitas mais de 206 propostas que resultarão em 1.200 apresentações nestes municípios, no período de 10 de junho a 15 de julho do ano que vem. Além disso, R$ 17,5 milhões serão destinados à revitalização de equipamentos culturais nas 12 cidades.
De acordo com Marta Suplicy, que lançou o edital na área onde está sendo construída a Arena Corinthians, em Itaquera, as inscrições começam nesta sexta-feira (9) e poderão ser feitas até 23 de setembro pelo pelo sistema SalicWeb no site do Ministério da Cultura. Uma comissão formada por representantes da sociedade civil, das secretarias de Cultura das 12 cidades-sede da Copa e do Ministério da Cultura escolherá os projetos que serão beneficiados.
O edital está dividido em quatro eixos nos quais os projetos deverão se encaixar: Brasil Audiovisual (produção audiovisual em média metragem, documentários, animação e ficção), Brasil Criativo (conteúdos artísticos em formato digital, de artesanato, moda, arquitetura, design e gastronomia, sempre de expressão local), Brasil Diverso (manifestações tradicionais, atividades entre Pontos de Cultura) e Brasil das Artes (espetáculos de música, teatro, circo, dança, literatura e artes visuais).
Marta explicou que os projetos circularão pelo país para que um estado conheça a cultura do outro, o que nem sempre acontece. “A cultura é a identidade do país, nossa cultura tem uma identidade nacional forte, positiva, com o samba, o futebol, o carnaval. O que nós temos que fazer é ampliar essa identidade porque somos muito além disso. Temos que mostrar o que as pessoas não conhecem, inclusive de um estado para o outro.”
A ministra ressaltou que o edital foi criado justamente para vencer o desafio de mostrar mais da essência cultural do país para os visitantes, que só conhecem o samba, o futebol e o carnaval. “Queremos mostrar os médios e pequenos grupos, porque os grandes já têm patrocínio”. Com a divulgação dos projetos, a ideia é dar a esses grupos oportunidade de se apresentar e deixar um legado cultural pós-Copa do Mundo, que se espalhe para os outros países, acrescentou a ministra.
Ela informou que a revitalização dos equipamentos será financiada pelo Fundo Nacional de Cultura e que, dos R$ 17,5 milhões, R$ 9 serão liberados ainda neste ano. “Nós temos ainda R$ 20 milhões da Petrobras para reforma dos museus, R$ 2 milhões para flash mob (manifestações culturais coletivas), R$ 12 milhões para fun fest (espaços montados para exibição dos jogos) e R$ 4 milhões para comunicação”.
Cada cidade-sede enviou ao Ministério da Cultura uma lista dos equipamentos que gostaria de reformar para a Copa do Mundo.
Prêmio Açorianos de Criação Literária recebe inscrições
Neste ano, a premiação vai destacar contos que tenham Porto Alegre como tema
Já estão abertas as inscrições para o Prêmio Açorianos de Criação Literária 2013. Nesta edição, o gênero contemplado é o conto, tendo como tema Porto Alegre. As inscrições podem ser realizadas até 30 de agosto na Coordenação do Livro (Erico Verissimo, 307; de segunda a sexta, das 9h às 12h e das 14h às 18h), pelo correio ou no site www.portoalegre.rs.gov.br. Mais informações pelo telefone (51) 3289-8071.
Copa de Literatura Brasileira promove disputa bem-humorada entre livros
Primeira fase do torneio começa na próxima terça-feira com confrontos diretos entre as obras
Copa de Literatura: torneio inspirado no futebol premia melhor narrativa longa recenteFoto: Daniel Conzi / Agencia RBS
Fernanda Oliveira
Depois de muita espera e ansiedade da torcida, na terça-feira o Brasil assiste ao início da Copa. Mas não a de futebol, naturalmente, e sim a de literatura.
Em vez dos pelo menos 4 mil metros quadrados do campo, a etérea realidade virtual. No lugar de times bem treinados, uma penca de livros. Dos gramados para a biblioteca, chega à quinta edição a Copa de Literatura Brasileira, o evento mais futeboleiro das letras do país.
Os concorrentes foram pré-selecionados pelo júri a partir da lista de narrativas nacionais longas publicadas entre 2011 e 2012. Entre os participantes, jogadores de peso como o vencedor do Prêmio Jabuti, Nihonjin, e o recente trabalho de João Gilberto Noll, Solidão Continental.
Outro forte concorrente é O Céu dos Suicidas, de Ricardo Lísias, que venceu a 4ª Copa com O Livro dos Mandarins pelo placar de 8x2. Lísias admite que não foi fácil chegar à final em 2011.
– Foi difícil. No começo não me sentia muito à vontade, não conhecia bem o terreno e estava ainda frio na competição. Aos poucos fui me aclimatando, o pessoal foi vendo o que eu podia e cheguei bem na final. Acho que fui crescendo durante o torneio – comenta o atual campeão, que destaca também O Sonâmbulo Amador como candidato à taça – simbólica – deste ano.
Na primeira fase da competição, 16 títulos se enfrentam em oito confrontos, livro contra livro: cada partida tem como juiz um crítico literário, que decide o vencedor em voto público e justificado – uma resenha, na verdade.
Após as quartas de final, a etapa de repescagem coloca frente a frente os perdedores das oitavas, ressuscitando mais quatro times. Os vencedores das quartas enfrentam os repescados naquela que foi batizada de rodada zumbi.
Daí pra frente é semifinal e a grande decisão, no dia 29 de outubro, na qual todos os jurados votam. Os jogos – a publicação dos textos no www.copadeliretarura.com.br– acontecem às terças e sextas-feiras, ao estilo Série B do Brasileirão.
– Nos anos anteriores, o estilo mata-mata deixava muitos livros com a opinião de somente um jurado. Isso será diferente em 2013 – garante Lu Thomé, que organiza a competição ao lado de Lucas Murtinho e Raphael Dyxklay.
O escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder, que apita o penúltimo jogo das oitavas, considera a Copa mais democrática que os prêmios literários.
– Os jurados emitem suas opiniões, fazem suas resenhas e as pessoas acompanham passo a passo. A Copa não tem fins lucrativos. É independente, não tem patrocínios, só apoiadores – defende Schroeder.
Quanto ao prêmio, quem ganhar a Copa não vai receber medalha nem dinheiro. Leva para casa as quatro resenhas positivas e o título oficial de campeão, a ser batido no próximo torneio.
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